Lá se vão 10 anos do momento em que Philippe Starck extraiu o que havia de mais puro na essência de um clássico do mobiliário ocidental - a barroca poltrona Luís XV - para criar um fenômeno de crítica e público. Do alto da sua glória transparente, a cadeira Louis Ghost chega à sua primeira década de vida tendo atingido a marca de mais de 1,5 milhão de unidades comercializadas em todo o mundo.
É a cadeira assinada mais vendida no planeta segundo a Kartell, a fabricante italiana que ajudou Starck a dar forma a esse elo de plástico entre o antigo e o novo. Foi ela, na verdade, a peça responsável por dar à marca sua reputação de casa dos móveis de plástico transparentes, material que até hoje compõe parte significante do mobiliário feito pela Kartell.
De acordo com o seu criador, “o sucesso universal da cadeira Louis Ghost não deriva de seu design, mas da memória comum”, da combinação de formas e estilos que povoam o “inconsciente coletivo”: os braços longos, o medalhão nas costas e o corpo robusto equilibram o desenho que deslumbra e cativa muita gente.
A transparência do policarbonato estimula a experiência tátil ao mesmo tempo em que ironiza o visual frágil e evanescente da peça. As cadeiras, na verdade, são resistentes, podem ser empilhadas em colunas com até seis peças sem danos. E são versáteis: ocupam desde os interiores das casas mais diversas até a Ópera de Praga. Goste-se ou não, é um inegável ícone do design contemporâneo (que no Brasil pode ser encontrado em lugares como a própria Kartell ou a Novo Ambiente).
fonte: revista Casa vogue
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