Um cubo de 400 m³ é o local escolhido por um cineasta norte-americano para passar longos períodos sozinho, dedicando-se àquilo que ele faz melhor: criar os seus filmes. Adaptado a partir de uma garagem sem uso, o anexo projetado pelo arquiteto Olson Kundig rouba a cena na casa do diretor. Apelidada The Brain (O Cérebro, em português), a construção ocupa um dos platôs que compõem o jardim de sua residência, nos arredores de Seattle, nos Estados Unidos. É ali, no volume de concreto aparente e vidro, que ele adapta roteiros, imagina cenas e finaliza edições.
Concluída no início de 2012, a obra é uma espécie de laboratório de cinema, e o projeto de arquitetura está intimamente ligado a esta atividade. A face sul é livre de intervenções, podendo funcionar como estúdio de filmagem. Fachadas leste e oeste são recortadas por imensas janelas de vidro, que proprocionam distintas entradas de luz natural, inspirando a criatividade do cineasta.
O lado norte, por sua vez, conta com um mezanino metálico, sobre o qual está instalado o escritório e a ilha de edição. No nível térreo, a parede que separa o lavabo e a sala escura dos demais espaços é na verdade uma imensa estante de livros, que dá ao espaço interno um aspecto de biblioteca.
O metal caracteriza a identidade industrial do projeto, e reveste os mais inusitados detalhes da obra, como a escada decorada com textos em baixo relevo. No pavimento superior, o respiradouro do laboratório de revelação destaca-se ao lado da barra que permite o rápido acesso ao nível inferior, no melhor espírito corpo de bombeiros.
Mas o que melhor define a flexibilidade de usos, e o lado lúdico do "cérebro", é seu sistema de iluminação, distribuído em cabos e roldanas de aço, cujo controle mecânico permite as mais distintas ambientações, tanto para as filmagens realizadas ali, quanto para os momentos de introspecção e criação de seu morador.
fonte: Casa vogue
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