Móveis
Harmonia entre a arquitetura, as características ornamentais, os móveis e a tapeçaria -começam a aparecer pela primeira vez no Renascimento*
*O Renascimento começou na Itália, no século XIV, e difundiu-se por toda a Europa, durante os séculos XV e XVI. Foi um período da história européia marcado por um renovado interesse pelo passado greco-romano clássico, especialmente pela sua arte.
Para se lançar ao conhecimento do mundo e às coisas do homem, o movimento renascentista elegia a razão como a principal forma pela qual o conhecimento seria alcançado.
O renascimento deu grande privilégio à matemática e às ciências da natureza. A exatidão do cálculo chegou até mesmo a influenciar o projeto estético dos artistas desse período. Desenvolvendo novas técnicas de proporção e perspectiva, a pintura e a escultura renascentista pretendiam se aproximar ao máximo da realidade. Em conseqüência disso, a riqueza de detalhes e a reprodução fiel do corpo humano formavam alguns dos elementos correntes nas obras do Renascimento.
O Humanismo* representou tendência semelhante no campo da ciência. O renascimento confrontou importantes conceitos elaborados pelo pensamento medieval. No campo da astronomia, a teoria heliocêntrica, onde o Sol ocupa o centro do Universo, se contrapunha à antiga idéia cristã que defendia que a Terra se encontrava no centro do cosmos. Novos estudos de anatomia também ampliaram as noções do saber médico dessa época.
Os humanistas eram homens letrados profissionais, normalmente provenientes da burguesia ou do clero que, por meio de suas obras, exerceram grande influência sobre toda a sociedade; rejeitavam os valores e a maneira de ser da Idade Média e foram responsáveis por conduzir modificações nos métodos de ensino, desenvolvendo a análise e a crítica na investigação científica.
*Humanismo: O Humanismo é um movimento filosófico surgido no século XV dentro das transformações culturais, sociais, políticas, religiosas e econômicas desencadeadas pelo Renascimento.
Para se lançar ao conhecimento do mundo e às coisas do homem, o movimento renascentista elegia a razão como a principal forma pela qual o conhecimento seria alcançado.
O renascimento deu grande privilégio à matemática e às ciências da natureza. A exatidão do cálculo chegou até mesmo a influenciar o projeto estético dos artistas desse período. Desenvolvendo novas técnicas de proporção e perspectiva, a pintura e a escultura renascentista pretendiam se aproximar ao máximo da realidade. Em conseqüência disso, a riqueza de detalhes e a reprodução fiel do corpo humano formavam alguns dos elementos correntes nas obras do Renascimento.
O Humanismo* representou tendência semelhante no campo da ciência. O renascimento confrontou importantes conceitos elaborados pelo pensamento medieval. No campo da astronomia, a teoria heliocêntrica, onde o Sol ocupa o centro do Universo, se contrapunha à antiga idéia cristã que defendia que a Terra se encontrava no centro do cosmos. Novos estudos de anatomia também ampliaram as noções do saber médico dessa época.
Os humanistas eram homens letrados profissionais, normalmente provenientes da burguesia ou do clero que, por meio de suas obras, exerceram grande influência sobre toda a sociedade; rejeitavam os valores e a maneira de ser da Idade Média e foram responsáveis por conduzir modificações nos métodos de ensino, desenvolvendo a análise e a crítica na investigação científica.
*Humanismo: O Humanismo é um movimento filosófico surgido no século XV dentro das transformações culturais, sociais, políticas, religiosas e econômicas desencadeadas pelo Renascimento.
- Conhecida como o século das luzes;
- Interesse pela educação grega e romana;
- Privilégio aos que detinham o poder;
- Principais pensadores: João Amós Comennius e Jean Jackes Rousseau.
- fonte: http://www.pedagogia.com.br/historia/renascimento.php
No século XVII, esses efeitos cuidadosamente planejados eram muito usados entre o
beau monde da França, Países Baixos e da Inglaterra.No final do século, os que queriam estar na moda tinham livros de design para orientá-los.
Os livros sobre padrões e ornamentos entalhados, assim como os de estilos arquitetônicos, existem desde o séc XVI.O livro mais antigo de tipos de móveis é Différents Pourtraicts de Menuiserie
( c. 1588 ) de autoria de Hans Vedreman de Vries ( 1527 - 1607 ), seguido por outra obra importante,
*Oficina Arcularia ( 1612 ) de Crispin de Passe.
Oficina Arcularia
fonte:http://collections.vam.ac.uk/item/O652913/oficina-arcularia-print-crispijn-de-passe/
Os 1ºs livros de design tratavam basicamente de arquitetura, ou de itens arquitetônicos, como lareiras, ou tetos decorados, mas os móveis passaram a ser incluídos com uma frequência cada vez maior.
A maior parte dos livros de design de peças entalhadas foi publicada nos primeiros centros da indústria tipográfica, como Nuremberg, Augsburgo, Amsterdã e Utrecht, mas muitas produções do final de 1600 (XVII) e início de 1700 (XVIII) foram executadas em Paris
No começo de 1600 (XVII) os arquitetos e designers tinham se voltado para Itália em busca de modelos, e os artesãos italianos eram requisitados por toda a Europa para acrescentar requintes decorativos de sua terra natal aos mais luxuosos projetos,no final do séc. XVII (1600) os franceses tinham assumido a liderança, tanto no desenho quanto na execução.
A sofisticação francesa, materializada nos esplendores de Versalhes, mas manifestada também em muitos projetos menores, tornou-se a meta das pessoas da moda em toda a Europa e a França continuou sendo a maior influência na concepção de interiores durante todo os séc. XVIII (1700).
Os livros de design e o movimento dos artesãos e designers pela Europa foram os meios de propagação das modas. Príncipes ambiciosos mandavam designers e artesãos a Paris para assimilar os últimos refinamentos e introduzi-los em seu país natal da forma mais pura possível e arquitetos e desenhistas de móveis franceses ou educados na França conquistavam clientes em todas partes da Europa.
As pessoas muito apaixonadas pelos últimos desenhos de Paris, podiam recebê-los no prazo de duas ou três semanas, mesmo que vivessem em lugares tão distantes quanto a Polônia ou a Suécia.Esse desejo de adotar logo estilos da última moda, comum aos ricos de todos lugares , propiciou a rápida disseminação de movimentos artísticos como o barroco, o rococó e o neoclássico. Estes tenderam a ter poucas variações nacionais enquanto permaneceram nas mãos das altas camadas sociais, e assim que atingiram as camadas sociais mais baixas, primeiro se nacionalizaram e depois se regionalizaram.
A popularização dos estilos pode ser vista mais nitidamente na forma pela qual o rococó foi adotado em toda a Europa.Surgido em Paris no início do séc XVIII (1700), logo foi adotado, e de forma extravagante, nas corte de príncipes alemães como Maximiliano Emanuel da Baviera
e Augusto, o forte da Saxônia,
O "Rei Sol" da Saxônia: Augusto, o Forte
Ele fundou a atual "Florença do Elba": Augusto, o Forte, o príncipe da Saxônia amante das artes, no princípio do século XVIII transformou Dresden em uma metrópole de arte de nível europeu. Construções barrocas suntuosas na cidade e nos arredores comprovam isso até hoje.
Quando foi adotado na Inglaterra e nos Países Baixos,bem depois, o rococó torno-se um estilo mais dos novos ricos que dos aristocratas e surgiu com uma forma nacionalmente identificável.
Logos os elementos rococó- arabescos e floreios assimétricos, pernas cabriolé ( duplamente curvadas e formas bombé (abauladas) - se infiltraram nos móveis regionais das classes mais baixas de todos os países europeus.A adoção do estilo neoclássico seguiu curso semelhante.As primeiras manifestações foram as mais agressivamente "novas" e puras;cerca de 20 anos depois o estilo foi modificado segundo os gostos e formas nacionais.
Os livros de design desempenharam um papel importante nesse processo, principalmente na Inglaterra de meados do séc. XVIII (1700), onde começaram a aparecer volumes dedicados especificamente aos móveis.No entanto, por mais influentes que tenha sido livros ( 1737-1738)de Jacques-François Blondel, para o desenvolvimento da decoração rococó em casas menos suntuosas ou o volume de ( 1762)James Stuart (1713-1788) para a adoção de formas e temas neoclássicos, foi a depuração dos estilos nos livros nos modelos de móveis que mais contribuiu para divulgar seu uso entre a pequena nobreza.
Os livros de modelos, em sua maioria produzida pelos designers que também faziam trabalho de entalhe, gravação e fabricação de armários traduziram os estilos em métodos práticos para serem aplicados por outros artesãos.
O estilo rococó aparece na Europa do século XVIII e, tendo a França como seu principal precursor, se espalha em vários países do Velho Mundo e alcança algumas regiões das Américas, como o Brasil. Para muitos historiadores da arte, o rococó pode ser visto como um desdobramento do barroco em que vários artistas passam a valorizar o uso de linhas em formato de concha e a função decorativa que a arte poderia exercer.
A expressão “rococó” tem origem na palavra francesa rocaille, que designava comumente uma maneira de se decorar os jardins através do uso de rochas e conchas. Chegando ao século XIX, o estilo rococó passa a ser utilizado também para definir outras manifestações desenvolvidas nos campos da arquitetura e das artes ornamentais. No ano de 1943, graças à pesquisa de Fiske Kimball, esse movimento deixa de ser visto como uma variante do barroco para assumir características próprias.
Em geral, a substituição das cores vibrantes do barroco por tons rosa, verde-claro, estabelecem uma primeira diferenciação entre os dois estilos. Além disso, a originalidade do rococó é conferida no abandono das linhas retorcidas e pela utilização de linhas e formas mais leves e delicadas. Do ponto de vista histórico, essa transformação indicava o interesse burguês em alcançar o prazer e a graciosidade nas várias obras que eram encomendadas à classe artística da época.
A primeira fase do rococó, compreendida entre 1690 e 1730, procura se afastar dos preceitos estéticos predominantes no reinado do rei Luís XIV para introduzir o uso de linhas soltas e curvas flexíveis. Nessa época podemos destacar os relevos e gravuras do artista Jean Beráin, os quadros de Jean-Antoine Watteau (1684 - 1721) e os projetos decorativos de Pierre Lepautre (1660 - 1744).
De 1730 a 1770, o rococó amadurece com o surgimento de outros artistas que remodelam as casas da nobreza e da alta burguesia francesa. Nessa fase podemos destacar os trabalhos de Jacques de Lajoue II (1687 - 1761), Juste Aurèle Meissonnier (1695 - 1750) e Nicolas Pineau (1684 - 1754). Esse último artista se destaca pelo projeto de decoração do Hôtel Soubise, marcado por quadros, linhas, guirlandas, curvas e espelhos que tomam o olhar do observador em meio a tantos detalhes.
A relação do rococó com a burguesia também pode ser vista em boa parte dos quadros que definem esse tipo de arte. Ao contrário da forte religiosidade barroca, a pintura desse estilo valoriza a representação de ambientes luxuosos, parques, jardins e temáticas de cunho mundano. As personagens populares perdem espaço para a representação dos membros da aristocracia. A jovialidade e a edificação do prazer, o tédio e a melancolia são os estados emocionais que geralmente contextualizam os quadros do rococó.
A disseminação do rococó pela Europa foi responsável por variações que fugiram da tendência aristocrática que predominou neste estilo. Ao alcançar países como Portugal e Espanha, o rococó penetra a esfera religiosa. No que diz respeito à arquitetura, esse estilo não teve tanta predominância na França, mas vivenciou manifestações mais intensas na Baviera e em Portugal. No Brasil, o rococó teve sua presença no mobiliário do século XVIII e foi corriqueiramente chamado de “estilo Dom João V”.
fonte:http://www.brasilescola.com/historiag/rococo.htm
continua...
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